Região –
Suspeito de participar de morte dos integrantes do MLST é preso
O executor,
Rodrigo Cardoso Fric, foi preso em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto
Alegre (RS). Ele tinha envolvimento com o tráfico de drogas e temia que os
sem-terra o denunciasse, por isso armou o crime
O Portal Uai, publicou mo último dia 20, que a
polícia civil de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul prenderam, em operação
conjunta, um suspeito de matar
três líderes do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST), no dia 24 de
março deste ano, no Triângulo Mineiro.
Rodrigo Cardoso Fric, conhecido como “Gauchinho”, de 25 anos, foi detido na
noite do ultimo dia 19 em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).
Ele foi encontrado pelos policiais na casa da mãe, onde morava desde que fugiu
de Minas Gerais.
O crime
– Os três agricultores que moravam em um assentamento no município de
Prata foram executados, através de emboscada, no Distrito de Miraporanga, em Uberlândia,
com tiros na cabeça após deixarem o acampamento São José dos Cravos.
Morreram
Valdir Dias Ferreira, de 39 anos, e o casal Milton Santos Nunes da Silva, de
52, e Clestina Leonor Sales Nunes, de 48. O neto do casal, um menino de 5 anos,
sobreviveu à execução , foi abandonado pelos criminosos em estado de choque e
passou a vagar perdido pela estrada. Ele foi encontrado pelas primeiras
testemunhas do crime.
A fazenda São José dos Cravos é
uma área de conflito que foi ocupada por 80 famílias. Mesmo realizando uma
audiência no início de março, o Incra não conseguiu diminuir o clima de tensão
da propriedade.
Segundo a
polícia, um dia antes do crime Rodrigo e um comparsa foram até o assentamento e
se passaram por pessoas interessadas em ingressar no movimento MLST e também na
aquisição de um lote. Para tanto, participaram inclusive de um jantar com uma
das vítimas, dormiram no local e colheram informações sobre a rotina dos
líderes.
No dia do
crime Rodrigo e comparsa saíram de carro alegando que precisariam trocar um dos
pneus do veículo e esperaram na estrada de chão onde passaria o carro das
vítimas. Por volta das 9h, quando os sem-terra passaram, o carro trancou a
passagem, Rodrigo desceu do veículo e efetuou disparos de arma de fogo nos três
integrantes do MLST.
Ficha Criminal
- Em 2009, a polícia apreendeu
cerca de 300 quilos de maconha proveniente do Mato Grosso, próximo à região do
assentamento no Triângulo Mineiro. Os responsáveis pela droga eram um homem
conhecido como Zé Roleta e Rodrigo. Os dois acreditavam que as vítimas teriam
denunciado o local de tráfico aos policiais e, por isso, planejaram a chacina.
O executor recebeu cerca de R$ 7 mil para matar.
No início das
investigações a polícia acreditava que o fato poderia ter sido originado em
razão de disputa das terras entre o dono da fazenda e o MLST, mas com o
decorrer do trabalho investigativo verificou-se que se tratava de vingança.
Quadrilha – Outros cinco suspeitos de envolvimento no triplo
homicídio também já estão presos. Eles teriam participado do crime
desempenhando diferentes funções, como mandante, planejando o crime e
levantando informações para a execução. Os veículos utilizados no planejamento
e execução do crime foram apreendidos. Os policiais continuam as diligências
para encontrar a arma de fogo usada.
Sindicato
Rural condena acusações – Após o desfecho do caso e a
confirmação de que o motivo do triplo homicídio não seria disputa por terra, o
Sindicato Rural de Uberlândia publicou uma nota assinada pelo presidente do
sindicato, Thiago Soares Fonseca. De acordo com ele, a acusação de que os
mandantes seriam produtores rurais, o deixou indignado. “As acusações foram
feitas por integrantes do movimento que estavam muito mais preocupadas em tirar
benefícios políticos deste crime horrendo, do que encontrar os verdadeiros
culpados por este massacre”, disse o presidente.
Fonseca disse que ficou
satisfeito com o resultado do trabalho da Polícia Civil. “Graças ao trabalho
eficiente de investigação estou com a alma lavada. O produtor rural não é um
“coitadinho”, mas uma pessoa que trabalha e quer ser devidamente remunerado por
isso. Criminosos são aqueles que invadem, destroem plantações e cometem tantas
outras atrocidades, amparados por uma falsa bandeira de igualdade social”,
concluiu.
Dos cinco apresentados pela Polícia Civil, somente
Rodrigo Fric assumiu autoria no crime
Fotos:
Policia Civil do Rio Gde do Sul / Jornal Correio de Uberlândia
Com informações Portal Uai e G1