A ocorrência teve início quando um militar que passava próximo a um posto de gasolina na entrada da cidade suspeitou de um veículo Vectra de cor branca que estava estacionado nas proximidades. No local havia três homens conversando, sendo que um deles passou um dinheiro para o motorista do Vectra. Uma guarnição da PM se deslocou para o local e ao conversar com os elementos perceberam que eles davam informações diferentes, mas ao checar o veículo, documentos do mesmo e documentos dos cidadãos, nada de irregular foi encontrado. Os homens e o veículo foi liberado, mas a polícia realizou um monitoramento à distancia, percebendo que eles seguiram pela rodovia, sentido à cidade de Iturama. A Polícia Militar daquela cidade foi informada, porque a suspeita é de que tal veículo estaria sendo usado como "batedor".
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| Foto: Jornal da Manhã
Através de release encaminhado ao Blog Notícias Campina Verde, o promotor de Justiça José Cícero Barbosa da Silva Júnior, coordenador do Gaeco em Uberaba, fez um balanço da Operação "Guilhotina" deflagrada nesta quarta-feira (10).
O nome da operação faz referência ao instrumento “Guilhotina”, amplamente utilizado durante a Revolução Francesa para aplicar a pena capital através da decapitação.
De acordo com o coordenador, a escolha do nome se dá em virtude de muitos que, à época, se divertiam com suplício, em um futuro próximo, acabavam sendo a próxima vítima. Da mesma maneira, a organização criminosa alvo da operação, que se utiliza de tribunal de exceção também com penas capitais, acaba se voltando contra seus próprios membros.
História e comparações à parte, a operação visa a guilhotinar – pôr fim a atividades criminosas – lideranças de famigerada facção que atua dentro e fora dos presídios nacionais e estava plenamente atuante em Uberaba, Conceição das Alagoas e região circunvizinha.
Unindo as forças dos militares do 4º e do 67º Batalhão de Polícia Militar, da 3ª Cia PM Independente de Iturama, Inteligência da Polícia Militar, do suporte incondicional do Ministério Público de Minas Gerais e da autoridade da Segunda Vara da comarca de Conceição das Alagoas, a operação atinge a referida organização criminosa nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, sendo desencadeada em Uberaba, mas com reflexos em Conceição das Alagoas – sede dos dois pontos de drogas mais rentáveis da facção em Minas Gerais – e São Paulo – onde estão presos dois agentes do alto escalão da Organização Criminosa com poder de comando sobre comparsas em nosso Estado.
Foram cumpridos 12 mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão, e ainda houve a prisão em flagrante de outros três agentes por tráfico de drogas com vínculos com os alvos da operação.
A duração da presente investigação perdurou em torno de 10 meses e, no seu desenrolar, ocorreram diversas intervenções exitosas, que culminaram com várias prisões em flagrante e apreensões de drogas ilícitas, dentre elas:
13 prisões em flagrante por tráfico de drogas;
2 prisões por mandado de prisão;
1 prisão de autor de latrocínio na cidade de Uberaba;
Apreensão de aproximadamente 5 kg de cocaína e crack, 5 kg de maconha, munições diversas, além de outros materiais.
A operação teve papel primordial na identificação e posterior prisão de mandantes dos ataques ocorridos na cidade de Uberaba no mês de junho deste ano, papel que somente pôde vir à tona agora para não prejudicar o desenvolvimento das investigações.
Dentre os alvos, dois são do estado de São Paulo, e são suspeitos de comandar e coordenar o tráfico de drogas, este com ênfase em Conceição das Alagoas, e outras ações delituosas da organização.
Ainda foram identificadas e desarticuladas duas bocas de fumos da organização criminosa em Conceição das Alagoas, as mais de maior faturamento no Estado, como comprova a atividade investigativa.
"Essa operação vai muito além da apreensão de drogas e de materiais. Foram tiradas de circulação lideranças de uma perigosa facção criminosa que estavam articulando constantemente crimes na região", afirmou o promotor de Justiça José Cícero Barbosa da Silva Júnior, coordenador do Gaeco em Uberaba.
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