segunda-feira, 12 de maio de 2014

Campina Verde – Pecuarista de Fernandópolis vai a júri popular nesta terça-feira

Está previsto para esta terça-feira (13/05), no fórum local, o julgamento do pecuarista de Fernandópolis, Wagner Bernadelli Júnior, acusado pelo homicídio de Felipe de Paula Cortezia, à época com 26 anos, a golpes de canivete. O crime ocorreu em 24 de julho de 2008 na Fazenda Cela Grande, localizada no distrito de Honorópolis, neste município.
De acordo com o MP, Wagner Bernardelli Júnior que responde pelo homicídio duplamente qualificado, foi pronunciado como incurso nas sanções do artigo. 121, § 2º, II (motivo fútil) e IV (recurso que impossibilitou a defesa da vítima), e art. 129, § 1º, II (perigo de vida), cuja pena é de 12 a 30 anos de reclusão.
Na tentativa de retirar duas qualificadoras do crime de homicídio (motivo fútil e recurso que dificultou a defesa do ofendido) contra Felipe e alteração de lesão grave para lesão leve este último cometido contra o engenheiro Gustavo de Paula Cortezia, os advogados do réu recorreram ao Tribunal de Justiça pugnando pela absolvição sumária do acusado, com fundamento na legítima defesa, o que foi refutado pelos desembargadores. No mesmo sentido decidiram os Ministros do Superior Tribunal de Justiça que negaram provimento por unanimidade a toda pretensão proposta pelos advogados do réu.
Entenda o caso:
 O pecuarista, Wagner Bernardelli Junior, de Fernandópolis, é acusado de matar o irmão do cunhado em julho de 2008.
Bernardelli, então com 32 anos, que estava na propriedade rural de seu pai juntamente com o cunhado, Gustavo de Paula Cortezia e o irmão do cunhado, Felipe de Paula Cortezia e a agressão aconteceu, após uma discussão entre a vítima e o acusado. O irmão da vítima, Gustavo, era cunhado de Bernardelli, à época, e também foi atingido por golpes de canivete pelo denunciado, mas sobreviveu aos ferimentos.
Felipe de Paula Cortezia, jovem de conduta ilibada, profissionalmente reconhecido, era formado em Administração e cursava pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas, residia em Campinas e com apenas 25 anos, já havia conquistado o cargo de gerência numa área da matriz do Banco Bradesco em Osasco, teve sua vida abreviada.
O crime teria sido motivado por uma discussão sobre o pagamento de juros referente a um empréstimo feito por Gustavo ao pai do denunciado para a aquisição da propriedade rural onde se consumou a tragédia.
De acordo com os registros policiais, após a discussão, Bernardelli Junior desferiu golpes que atingiram a vítima no tórax e braço direito. Gustavo de Paula Cortezih, que é cunhado de Bernardelli e irmão da vítima, tentou defender Felipe e sofreu graves ferimentos em um dos braços. Apesar de ferido, Gustavo levou o irmão para um hospital, mas ele não resistiu e morreu.
A médica plantonista que o assistiu, à época dos fatos, no Hospital do Povo, em Iturama, explicou que Felipe recebeu perfurações graves no tórax, braço direito e na região lombar.
Mesmo tendo confessado o delito praticado, Bernardelli, permaneceu apenas quatro dias detido e está respondendo em liberdade provisória e será submetido, nesta terça-feira (13/05) ao Tribunal do Júri que detém a competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, onde há intenção de matar.

Caso seja condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.

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