Pesquisa da CNT aponta que são
ruins as condições da BR-497 em MG
Pior trecho da rodovia é o que liga Uberlândia ao
município de Iturama.Já na BR-365, nos quesitos de geometria e sinalização a avaliação foi
ruim.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou
nesta quarta-feira (24), a 16ª pesquisa referente à situação rodoviária da
malha federal pavimentada e principais rodovias estaduais. O estudo apontou que
uma das rodovias em condições ruins do Brasil é BR-497, no trecho que liga
Iturama, Prata e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. No geral a estrada foi
considerada ruim e no quesito geometria foi considerada péssima.
O caminhoneiro Cláudio de Oliveira aproveitou a
parada em um posto de combustíveis à beira da BR-497 para amarrar a carga e,
segundo ele, a preocupação maior é com os quilômetros que faltavam para
finalizar a viagem. "Está bem complicado, pois tem vários lugares sem
sinalização e com buracos. Está muito ruim a estrada", disse.
A mesma dificuldade é sentida por Sebastião José da
Silva, caminhoneiro há mais de 30 anos. “Tem bastante coisa para melhorar.
Vindo de Prata para Campina Verde, por exemplo, a quantidade de buracos é
incrível, quase impossível de trafegar porque está péssimo", desabafou o
motorista.
Os desafios encontrados por Cláudio e Sebastião
foram levados em consideração na pesquisa da CNT, onde os pesquisadores
avaliaram pavimentação, sinalização e geometria das rodovias. No estudo constou
que a rodovia 497 não tem acostamento, a pista é estreita e há pouca
sinalização.
BR-365
Outra importante rodovia para a região é a BR-365,
que liga Uberlândia ao município de Monte Alegre de Minas. A rodovia teve uma
avaliação geral regular. Porém, nos quesitos de geometria e sinalização a
avaliação foi ruim, pois com o veículo a 110 km/h, velocidade máxima permitida
no trecho, é possível sentir a trepidação do asfalto, o que pode ocasionar
acidentes. "Você vê pela vibração e os defeitos que ficam na pista. Na
chuva é perigo constante", afirmou o motorista Signei Batista.
Os dados apresentados na pesquisa devem auxiliar os
governos Federal, Estadual e Municipal na elaboração de políticas públicas de
manutenção das estradas. Enquanto os investimentos não chegam, os motoristas
redobram os cuidados. "Tem que ter muita atenção porque a sinalização
realmente é precária. Para a gente que conhece a pista já estamos acostumados,
mas quem passa por aqui pela primeira vez tem que prestar bastante
atenção", ponderou o caminhoneiro Adriano Polman.
Fonte: G1 Triângulo Mineiro
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