Nutricionista
dá dicas para escolher a dieta mais adequada para cada pessoa
Basta
chegar o verão para surgirem as mais diversas dicas sobre dietas que prometem
perda rápida de peso e a conquista das formas desejadas. Em meio a tantas, como
escolher a mais adequada? Fazer mudanças bruscas na alimentação como jejum ou
dietas restritivas, pode trazer problemas para a saúde. E para evitar que isto
aconteça, o primeiro passo, após definir o objetivo da dieta, é buscar
orientação de um especialista para elaborar um plano alimentar individualizado
e apropriado ao estilo de vida.
Segundo
a nutricionista Karin Honorato, é importante que a dieta seja encarada como
reeducação alimentar e mudança de hábitos. A especialista explica que a dieta
não tem de ser sacrificante, e que é, sim, possível fazer uma dieta saudável,
obter bons resultados e se alimentar bem, sem ter de parar de comer o que
gosta. “Fazer dieta não significa comer apenas salada, frango grelhado ou
alimentos integrais. Há dietas que trazem diversas opções para não repetir os
mesmos alimentos, e também outras que incluem alimentos considerados
gordurosos, mas que na verdade são benéficos à saúde, e quando consumidos da
forma correta, ajudam a atingir o objetivo”, disse.
Confira abaixo quatro
tipos de dieta e o comentário da especialista sobre quem pode fazê-las.
Dieta das proteínas
Existem
diversos tipos de dietas das proteínas, como a Dukan. Elas restringem parcial
ou completamente a ingestão de carboidratos, e priorizam o consumo de proteínas
e gorduras. “A restrição parcial ou total dos carboidratos ajuda a emagrecer
depressa, mas é importante dosar a quantidade dos outros grupos de alimentos,
em especial as gorduras, para não comprometer os rins”, disse Karin Honorato.
Por ser uma dieta muito restritiva, há extrema dificuldade de mantê-la e não
são poucos os profissionais que evitam sua recomendação.
Dieta do tipo sanguíneo
Criada
pelo médico americano Dr. Peter James D´Adamo, a dieta do tipo sanguíneo é
dividida em três categorias. Pessoas de sangue tipo “O” seriam mais
“carnívoras”, as de tipo A possuiriam maior tendência à alimentação
vegetariana, as de tipo B seriam onívoros, e as de tipo AB se beneficiariam da
junção das duas últimas formas de alimentação. Esse plano alimentar ajudaria a
identificar e inserir os alimentos que mais combinam com o organismo da pessoa,
e assim prevenir e combater problemas inflamatórios que, geralmente, aumentam a
retenção de líquidos e as gorduras localizadas, “mas esta dieta não tem
pesquisas científicas para comprovar que isto seja válido para todas as pessoas
e que tenha resultado, sem falar que mesmo tendo o mesmo tipo sanguíneo, as
pessoas possuem individualidades diferentes”, afirmou a nutricionista.
Dieta mediterrânea
Criada
com base nos hábitos alimentares dos povos das regiões banhadas pelo mar
Mediterrâneo está entre as dietas mais indicadas para quem deseja emagrecer de
forma saudável. Essa dieta prioriza alimentos in natura e evita os
industrializados, e com isso, já ajudam a eliminar uma série de aditivos
químicos do organismo e a reduzir o sal e açúcar, comuns nos cardápios
brasileiros. É ainda considerada a dieta saudável para o coração. O plano
alimentar desta dieta é composto, principalmente, por carnes brancas, frutas e
vegetais e gorduras “do bem”.
Dieta detox
Há
quem associe uma alimentação “detox” a dietas radicais, mas na verdade trata-se
de uma técnica da nutrição funcional para ajudar o organismo a eliminar toxinas
e outras substâncias prejudiciais para a saúde. A dieta detox evita ao máximo,
alimentos industrializados e com potencial alérgico, produtos refinados,
laticínios gordurosos, glúten, corantes, café e álcool. “A detox é bastante
recomendada não apenas para emagrecer, mas também para tratar sintomas como o
cansaço, mau funcionamento do intestino, retenção de líquidos, dores de cabeça,
dentre outros”, disse Karin Honorato.
Recomendações da
especialista
A
nutricionista consultora da Netfarma faz uma ressalva para os intervalos entre
as refeições. De acordo com a Dra. Honorato, o ideal é respeitar o intervalo de
três horas entre uma refeição e outra, e evitar passar longos períodos sem se
alimentar, pois além de diminuir o ritmo do metabolismo, o jejum prolongado
predispõe o organismo às carências nutricionais. E é bom lembrar: antes de
começar qualquer dieta, consulte um especialista e tenha sempre acompanhamento
médico.
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia