terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Campina Verde - Prefeito e vice ainda não se posicionaram sobre convites para participar de Sessão Ordinária

Através de ofícios encaminhados à prefeitura, a Câmara Municipal de Campina Verde vem solicitando desde o ano passado, a presença de representantes do executivo em sessão ordinária para tratar de assuntos de interesse da população, porém até o fechamento desta matéria não há nenhum posicionamento sobre as solicitações.
No ano de 2017, sob a presidência do vereador Isaías Neto, os vereadores aprovaram por unanimidade, proposição do vereador Marcos Donizetti Martins Lima para convidar o vice-prefeito, Douglas Almeida Barbosa a fazer uso da Tribuna Livre em sessão ordinária para falar sobre problemas relativos à saúde do município, como transporte de pacientes, falta de medicamentos e de médicos, dentre outros. Na ocasião o vereador Alexandre Macedo falou sobre a importância da presença do vice-prefeito para dar informações sobre os referidos assuntos já que em época da campanha política, Douglas Barbosa foi exaustivo para defender as questões envolvendo a saúde e usou com muita frequência o termo de "humanização da saúde no município". 
Porém o vice-prefeito não atendeu o convite e sequer justificou sua ausência.
Já este ano, na primeira reunião ordinária do Legislativo, sob a presidência do vereador Alexandre Macedo o convite foi feito novamente, desta vez para o prefeito e vice-prefeito, sendo que o assunto seria ampliado relativo à perspectiva de reajuste salarial dos servidores públicos municipais. 
Como na última reunião ordinária do Legislativo, realizada no dia 20 de fevereiro o prefeito e vice ainda não haviam se manifestado sobre o convite, o presidente do Legislativo, vereador Alexandre Macedo sugeriu o trancamento de pauta na Casa de Leis em  um ato de apoio aos servidores públicos municipais.
A sugestão foi acatada e aprovada por maioria dos vereadores, com exceção do vereador João Silva Filho que votou contrário. 
Antes da votação, o presidente da Câmara, Alexandre Macedo ressaltou que o trancamento de pauta seria uma suspensão temporária de votação de projetos do executivo, em virtude da falta de diálogo do prefeito, o qual não concedeu o reajuste anual dos funcionários públicos municipais desde o primeiro ano de seu mandato e sequer apresenta argumentos justificando a atitude. "Precisamos ouvir do executivo uma justificativa, mesmo porque somos procurados diuturnamente pelos funcionários municipais que estão penalizados com a defasagem de seus salários e mesmo para que juntos possamos buscar soluções para esta e outras questões que vem ocorrendo em nosso município". disse o presidente. 
Além disso, ele ressaltou que outros assuntos precisam ser esclarecidos ao legislativo, dentre eles, problemas na área de saúde, estradas rurais, dentre outros e salientou que enquanto tais matérias não forem discutidas a pauta ficará ou trancada ou sobrestada, exceto para matérias de extrema urgência. 
Todos os vereadores se posicionaram em favor do reajuste anual dos servidores e acataram a medida por entender a necessidade de abrir diálogo entre Legislativo, Executivo e Sindicato dos Servidores, porém o vereador João Silva Filho votou contrário alegando ser uma medida esdrúxula.  
Em conversa com a reportagem do Blog Notícias Campina Verde, o presidente da Câmara, vereador Alexandre Macedo falou sobre a medida alegando que é uma tentativa de abrir diálogo com o prefeito para buscar entendimentos sobre várias questões. "No período que antecedeu o carnaval, o executivo sinalizou que teria disponível mais de um milhão para realização do evento, mas como decidiu não realizar o carnaval, então nada mais justo que usar esse recurso para resolver questões de extrema necessidade. Essa medida que sugerimos sobre trancamento da pauta, não é uma medida de revanchismo de nossa parte, tanto é que os próprios vereadores da base do prefeito votaram favoráveis, com exceção do vereador João Silva. Temos que lembrar que além de não atender nossas indicações e solicitações, o prefeito ultimamente não atende sequer solicitações de vereadores de sua base política, o que pode ser comprovado nas reuniões ordinárias, onde todos os vereadores, sem exceção  vem cobrando e reiterando medidas solicitadas ao executivo. Portanto, o trancamento de pauta do Legislativo é uma tentativa de manter diálogo com o executivo mesmo para que possamos justificar à população e especialmente aos servidores municipais quando somos questionados. Mas nem por isso seremos intransigentes, se caso for encaminhado projeto de urgência e de extrema importância para a população, vamos nos reunir e definir a abertura de pauta", assegurou o presidente.

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