terça-feira, 7 de abril de 2015

Campina Verde - Falso médico português fazia venda ilegal de remédios em SP, diz polícia
Homem de 51 anos foi detido em Barretos com 600 frascos irregulares.
Advogado diz que suspeito tem documentação necessária para trabalhar.

Um homem de 51 anos foi preso suspeito de se passar por médico e de vender remédios sem autorização em Barretos (SP). Segundo a Polícia Civil, 600 frascos de medicamentos irregulares foram apreendidos na casa de Jorge Manuel de Matos, natural de Portugal. Ele pagou fiança e obteve liberdade provisória, mas responderá por exercício ilegal da medicina.
O advogado de defesa do suspeito, Chafei Amsei Neto, afirmou que as acusações não procedem e que seu cliente tem a documentação necessária para atender pacientes. Matos entregou o passaporte e se mostrou disposto a colaborar com as investigações, informou o advogado.
Prisão - O português foi detido quinta-feira (02/04), depois que a polícia encontrou mais de 600 frascos de medicamentos em sua casa no bairro Derby Clube, também usada como consultório.
Os produtos foram encaminhados à Vigilância Sanitária, onde se verificou que eles não estavam registrados, segundo a polícia. “O suspeito diagnosticava a doença e recomendava a ingestão do produto que ele vendia. Então são duas infrações criminais”, disse o delegado João Brocanello Neto.
De acordo com ele, o homem não possui registro profissional, mora em Campina Verde e vendia cada frasco por R$ 50 a R$ 60. O suspeito indicava os medicamentos para diabetes, sinusite, depressão e pressão alta, mas na embalagem não havia informações sobre procedência ou sobre o farmacêutico responsável, alegou o delegado.
Matos permaneceu calado no interrogatório, porém chegou a revelar que realizava consultas, explicou Bocanello Neto. “Ele contou que atendia as pessoas, não cobrava nada pela consulta, apenas comercializava os produtos medicamentosos”, disse.
O suspeito foi autuado por exercício ilegal da medicina e comercialização de produtos com fins terapêuticos sem registro na Vigilância Sanitária. Ele foi levado para a Cadeia de Severínia (SP), mas obteve direito a liberdade provisória após pagar fiança. Os remédios foram encaminhados ao órgão responsável para o descarte.
Defesa - De acordo com Amsei Neto, advogado de Matos, seu cliente entregou o passaporte e vai colaborar com as investigações. Segundo ele, a defesa será definida após a conclusão do inquérito, quando ele pretende provar que o português trabalhava de forma legal no Brasil.
“Ele não tem interesse algum em sair do Brasil, mesmo porque já tem uma empresa em Minas Gerais. Essa acusação é descabida uma vez que toda a documentação necessária para exercer o tipo de atividade que ele vem exercendo nós temos em mão.”
Fonte: G1 Ribeirão e Franca

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