terça-feira, 13 de novembro de 2018

Campina Verde - Estádio do Perré: Dinheiro água abaixo

"O esporte deve ser acessível a todos. A política para o esporte e laser visa a qualidade de vida, a formação do jovem, a cidadania e seu envolvimento com as diversas práticas esportivas. Um jovem praticante e envolvido com o esporte, certamente, estará distante das ruas, das drogas e da marginalidade". 

O que era para ser a execução de uma proposta de governo, divulgada amplamente durante o último pleito municipal, inclusive registrada no Tribunal Eleitoral (imagem abaixo), além de ser a concretização de uma grande obra em termos de acessibilidade e cidadania para o Bairro Alvorada, se transformou num verdadeiro descaso, ao longo dos últimos anos. É a reestruturação do Estádio "Perré". 
Uma obra que teve recursos disponibilizados pelo Ministério dos Esportes, através de emenda parlamentar, desde o ano de 2010 e, apesar da liberação do recurso, a administração anterior não priorizou a obra, tendo dado início aos trabalhos de construção, porém ficou abandonada desde o ano de 2015. 
Já a atual administração, no ano de 2017, manifestou junto ao Ministério dos Esportes, interesse em retirar as piscinas do escopo do contrato, ou seja, excluir as piscinas do projeto de reconstrução do local, porém, a proposta não foi aceita pelo órgão, o qual informou que não havia possibilidade de exclusão das duas piscinas previstas no projeto, sendo necessário a execução de pelo menos uma piscina e alertou que em caso de exclusão de uma, o município deverá devolver o recurso correspondente (conforme documento abaixo).
Após manifestação junto ao Ministério, o município não apresentou a documentação necessária para reprogramação da obra, porém não atendeu a orientação e excluiu as duas piscinas, já que cobriu o local com maquinário do próprio município.
No projeto original, a programação seria modernização total da infra-estrutura do local, ou seja, além de um campo de futebol com vestiários, também a construção de duas piscinas, adequando o local para servir de área de lazer para o Bairro Alvorada.
Desde a liberação dos recursos para a obra, várias cobranças foram feitas junto à administração municipal para que a mesma fosse efetivada, cobranças feitas pela população do bairro, especialmente pelos esportistas e também por vereadores, mas sem efeito positivo.
Sabendo que o único responsável pela execução da obra é o executivo, o qual sequer atendeu orientação do Ministério dos Esportes e destruiu o que já havia sido feito pela administração anterior, enquanto poderia ter dado continuidade e com tempo suficiente para conclusão, os vereadores Isaías Neto, Lucimar Nunes e Marquinho RH, após várias solicitações, sem êxito e de posse das informações do Ministério dos Esportes, o qual mais uma vez afirmou que não autoriza a exclusão das duas piscinas, procurou também a gerência regional da Caixa Econômica Federal, responsável pela fiscalização do convênio, onde foram informados que o município está pendente de apresentar documentos. 
Diante da inércia do município e na iminente possibilidade de perda de recursos, os vereadores afirmam que vão tomar as devidas providências, acionando os órgãos competentes, pois, diante das irregularidades, além dos moradores do bairro serem penalizados pela não concretização da obra, piorou a situação do local, que antigamente ainda possuía um  campo de futebol que servia de lazer à população do bairro, o qual também foi danificado. 
"Hoje, além de ver o que tinha destruído, está havendo uma sucessão de irresponsabilidades, desde a administração anterior, e o dinheiro público indo água abaixo, por isso vamos  acionar os órgãos competentes para nos ajudar. O Tribunal de Contas e a própria Caixa devem tomar uma providência ou nos explicar a situação dessa obra”, ressaltou o vereador Isaías Neto.

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