quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mais de 600 quilos de maconha é roubado de dentro da Delegacia em Iturama


Na última terça-feira (6) a Polícia Civil de Iturama, tentou explicar como cerca de 672 quilos de maconha desapareceram de dentro da 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil, durante a madrugada de segunda-feira. O material foi apreendido no dia 19 de novembro e, desde então, estava armazenado no banheiro da instituição.
O delegado responsável pelo caso, Carlito Inácio Pires, não quis comentar sobre as investigações e o possível envolvimento de policiais na ocorrência. Segundo ele, estão sendo realizadas diligências na região na tentativa de encontrar os responsáveis pelo arrombamento.
“Estamos realizando diligências e operações para combater o crime. Este fato é um desdobramento real das operações que a gente vem desenvolvendo. Neste momento não posso dar mais detalhes, pois pode comprometer a investigação. Mas dentro de dois ou três dias poderei falar sobre o desdobramento da retirada da droga daqui”, informou.
A suspeita é de que o material seja parte de contrabando internacional, já que no momento da apreensão pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE), no dia 19 de novembro, foram encontrados dentro do veículo documentos do Paraguai. De acordo com a Polícia Militar (PM), o grupo estava dando cobertura a uma dupla que transportava 672 quilos de maconha em uma caminhonete com placas de Campo Grande (MS). O grupo foi descoberto após furar uma barreira montada na divisa dos estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, próximo à cidade de Paranaíba. Os acusados foram detidos em Honorópolis, distrito de Campina Verde e após alguns dias de busca os seis envolvidos foram detidos pela Polícia Militar.
Sobre o fato de, mesmo com a suspeita de que o material faça parte de contrabando internacional e não ter sido transferido para uma unidade da Polícia Federal, o delegado disse que a transferência estava dentro do prazo das investigações. “A operação começou no dia 19 com a apreensão. O último preso foi no final de novembro. Houve conflito de competência à respeito de qual seria a justiça que iria julgar os autores do crime e, por isso, houve uma delonga quanto ao encaminhamento do processo. Mas não houve demora porque temos o prazo de 30 dias para as investigações”, afirmou o delegado.
Na mesma manhã de terça-feira (06) equipes da Polícia Civil Especializada de Belo Horizonte e do Triângulo Mineiro chegaram a Iturama para ajudar nas investigações. O oficial da Polícia Militar, capitão Costa, que esteve à frente da apreensão da maconha, não quis gravar entrevista e disse apenas que era uma situação lamentável.
Já a chefe do 5º Departamento de Polícia Civil, delegada Maria de Lourdes Camille, informou que as fechaduras de todas as portas da delegacia foram trocadas recentemente e foi instalado um novo sistema de alarme. “Não foi o suficiente. Agora vamos investigar quem roubou a droga e se os suspeitos tem relação com a operação do mês passado. Temos duas linhas de investigação, uma externa para verificar onde está esta droga, qual foi o seu destino e quem foi o autor e ainda uma investigação interna para deslumbrar se houve ou não facilitação por parte de alguém de dentro da delegacia”, disse ela.

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