sábado, 17 de dezembro de 2011

Campina Verde – 73 Anos!
Uma cidade e seus desafios para o futuro

Campina Verde é linda! Talvez um dia já tenha sido mais. Em 73 anos de história muita coisa mudou para o bem e para o mal.


Quando se faz aniversário, espera-se que o aniversariante receba presentes. Se o aniversariante for uma cidade, a expectativa é de que a população seja contemplada. No aniversário de 73 anos de Campina Verde, comemorado no último dia 17, a população busca motivos para comemorar.  Afinal nasceram ou escolheram a cidade para viver.
Nesta ocasião, cinco pessoas relatam como gostariam de ser "presenteadas" nos serviços públicos prestados no município, o que poderá ser conferido nas paginas seguintes desta edição.
Elas representam uma amostragem pequena no universo de 19.324 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram escolhidas ao acaso, em segmentos distintos. Mas não pretendem sintetizar a vontade da maioria da população. Apenas demonstrar a diversidade de anseios por uma cidade melhor.
Ainda mais neste ano, que antecede o ano das eleições municipais, quando vários representantes da política local estarão colocando seus nomes em apreciação popular.
O município de Campina Verde foi criado pelo Decreto- Lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938 e instalado solenemente no dia 1º de janeiro de 1939, com território desmembrado do município de Prata.
O inicio de seu povoamento deu-se a partir de 1815 e suas primeiras famílias forma: Freitas Lacerda, Freitas Silveira, Gonçalves de Macedo, Moreira, Nunes Garcia, Nunes da Silva, Rodrigues de Macedo e Severino.
Em fins do século XVIII, João Batista Siqueira e sua mulher, fugindo da Justiça, apoderaram-se das cabeceiras do Arantes e fixaram residência no sítio das Perobas, dedicando-se à criação de gado.
Aventureiros, benfeitores e mercadores de gado (marido e mulher), procedente de Jacareí, São Paulo, não tinham filhos e doaram seus bens para Congregação da Missão, por volta do ano de 1827. De posse da herança, os padres missionários fundaram o Colégio local, por volta de 1842, na época um dos melhores do Brasil. Em razão da transferência de alunos do Caraça, fechado entre os anos de 1842 e 1856, o colégio recebe enorme impulso. Os primeiros moradores se estabeleceram ao redor da capela construída pelos Lazaristas, onde hoje está a igreja matriz de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, sagrada em 1941. Em 1911, Campo Belo torna-se distrito de Prata e, em 1923, passa a se chamar Campina Verde. O município é criado em 1938.
A cidade se destaca pelo Carnaval de Rua que tem sua tradição desde as décadas de 40, 50 e 60. Tornou-se famoso nos clubes como Grêmio Recreativo Campinaverdense, Sociedade Recreativa 13 de maio e Urupê Tênis Clube.
Nos anos 70 e 80, além de acontecer nos clubes, havia na avenida 11, desfiles de Escolas de Samba, com acirrada disputa, que fazia   dos desfiles um espetáculo exuberante e já atraía um grande público para a  cidade.
No início dos anos 90 passou a acontecer apenas na rua com a avenida aberta, acessível gratuitamente a todas as faixas etárias e classes sociais. No ano de 92 os clubes deixaram de realizar o carnaval e a partir de 1993, com um grande enfoque da mídia, o Carnaval foi crescendo e hoje é considerada a maior festa do município, estendendo-se por cinco noites em uma área muito grande ao longo da avenida principal.
Outra festa de destaque no município é a exposição agropecuária, que além de muito bem organizada vem recebendo uma população maior a cada ano que passa se tornando muito concorrida, sendo uma das mais prestigiadas da região.
No esporte a cidade participou por muitos anos dos JOGOS DO INTERIOR DE MINAS (JIMI), onde a equipe já recebeu reforços de atletas de Uberaba(Handebol, vôlei), Uberlândia(Futsal, Basquete), sua melhor participação foi na 1° etapa em 2008, onde a cidade conquistou o 2° lugar no quadro de medalhas, perdendo somente para a cidade Uberaba, que é uma das cidades com mais títulos na história.
O nome Campina Verde tem origem nas belas campinas existente no município.
Com uma área de 3.650,8 km², Campina Verde tem como municípios limítrofes: Prata, Itapagipe, São Francisco de Sales, Iturama, União de Minas, Santa Vitória, Gurinhatã e Ituiutaba. É distante da capital, Belo Horizonte, 720 km. Atualmente Campina Verde é administrada pelo prefeito Reinaldo Assunção Tannús (PP) e Vice-prefeito: José Souza da Cunha (PP) tem como Presidente da Câmara Legislativa o vereador Franco Nero.

Presentes para fazer de Campina Verde uma cidade melhor
No aniversário da cidade, moradores elegem avanços para uma cidade melhor
Quando se faz aniversário, espera-se que o aniversariante receba presentes. Se o aniversariante for uma cidade, a expectativa é de que a população seja contemplada. No aniversário de 73 anos de Campina Verde, comemorado no último dia 17, a população busca motivos para comemorar.  Afinal nasceram ou escolheram a cidade para viver.
A convite do Jornal “O Popular de Minas”, cinco pessoas relatam como gostariam de ser "presenteadas" com ações visando uma cidade melhor. Elas representam uma amostragem pequena no universo de 19.324 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram escolhidas ao acaso, em segmentos distintos. Mas não pretendem sintetizar a vontade da maioria da população. Apenas demonstrar a diversidade de anseios por uma cidade melhor.

Padre Marcus Alexandre
“”O aniversário da cidade nos remete primeiramente a um sentimento de agradecimento, já que toda data comemorativa é um agradecimento e a gente poderia lembrar daquele episódio do Evangelho de São Lucas - capítulo 17, que fala dos dez leprosos que foram procurar Jesus para serem curados e Jesus manda que eles continuem o caminho deles e no meio do caminho os dez são curados, mais apenas um volta pra agradecer a Jesus. Portanto, este texto pode nos ajudar a pensar um pouco no presente que Campina Verde merece e deseja nos 73 anos de emancipação politica. Primeiro penso que nós precisamos fazer um gesto de gratidão, agradecer a Deus a história construída que não começou e nem termina conosco. Essa história que já vem de tantos anos e muito antes dos 73 anos, então, primeiramente um sentimento de gratidão pela historia passada, por aquelas gerações que nos precederam e que entregaram para nós esta cidade que hoje temos e na qual estamos vivendo. O segundo sentimento que me veio ao coração pensando nos 73 anos de Campina Verde a partir deste texto também do evangelho, é pensar que a realidade que nós vivenciamos hoje é uma realidade leprosa, quantas são as lepras que existem no nosso meio, que existem na nossa cidade, que existem nesse município e que precisam ser curadas. São 73 anos de história, mas se ficarmos olhando só para o passado, pode tornar vazio a nossa existência, portanto, é preciso olhar para hoje e perceber que, apagando a velinhas dos 73 anos, muita coisa precisa ser feita, muita coisa tem urgência de ser debatida, de ser refletida e de ser modificada. É o que eu estou chamando de lepra pra aproveitar a imagem do Evangelho e até citaria algumas, por exemplo, o problema da droga - é um problema muito sério progressivo nessa cidade, crescente cada vez mais. O problema da juventude sem perspectivas, enflorada nas drogas, numa vida com sérias dificuldades, com sérias ameaças. Além disso, outro problema são os bolsões de pobreza que temos aqui na nossa cidade e outras coisas que nós poderíamos citar, como por exemplo, problema agrário, problemas dos assentamentos. São tantas lepras que existem e que comprometem a festa dos 73 anos que é o presente, mas também comprometem o futuro da nossa cidade. Falando especificamente sobre as drogas, há pouco tempo, sofremos com o massacre, sim, eu nem digo assassinato, digo massacre de um jovem aqui perto da Igreja Matriz, com 23 tiros. Uma pessoa que morre com 23 tiros supostamente por causa do problema de droga tem que servir para gerar uma reflexão em nós. Eu tenho dito em vários lugares, na igreja inclusive, que a cidade está perdendo a oportunidade de se debruçar sobre si mesma e refletir sobre esse problema, as autoridades estão perdendo esta oportunidade, a Igreja, as famílias, as escolas e enfim, todos nós estamos perdendo a oportunidade e quando a gente comenta alguma coisa - hoje ninguém comenta mais nada – mas, mais perto do caso, quando a gente perguntava alguma coisa ou falava sobre o assunto, as pessoas simplesmente falavam assim: mas também, era um traficante, mexia com droga e fez bem de ter morrido, que pena que morreu assim. As opiniões são tão vazias sobre o caso que mostram que nós não estamos preocupados, como se a droga não batesse a nossa porta, como se a droga não estivesse perto de nós, como se o problema da violência não estivesse nos afrontando diariamente. O que eu percebi durante os dias próximos ao massacre do jovem, é que as pessoas estavam aliviadas, pois era um traficante a menos, um drogado a menos, o que seja, e ninguém teve a coragem suficiente, as famílias, as instituições como a Igreja, a Escola, o governo, as autoridades da cidade. Ninguém teve a condição e a coragem de se debruçar sobre o fato e problematizar a questão. Penso que nós estamos perdendo essa grande oportunidade, porque quando um caso acontece assim que traumatiza todo mundo, a cidade tem que se mover, a cidade tem que ser mobilizada, as autoridades e os órgãos todos, precisam fazer algo para que as pessoas consigam refletir sobre a questão e achar pistas de ações para combater os problemas e, penso que essa lepra dolorida, essa lepra que está corroendo a cidade, está sendo deixada quieta, nós não estamos nos comprometendo com esta causa e ela pode comprometer o presente e o futuro da nossa cidade. Pensando então nestes 73 anos, o meu desejo mais sincero, o desejo de quem está chegando agora na cidade, mas que tem responsabilidades sobre a cidade, por causa do ofício que a Igreja me conferiu como pároco, é que tenhamos a coragem de nos debruçarmos sobre as lepras que estão tomando conta da nossa cidade. Nós não podemos ter medo da reflexão, não podemos ter medo do debate, não podemos ter medo de enfrentar esses problemas, como é o caso da droga, os problemas da juventude, e tantos outros, que nós precisamos ter a coragem suficiente de problematizar as questões. Portanto, voltando à pergunta, o grande presente que eu gostaria que Campina Verde recebesse nesse momento é a coragem de se debruçar sobre os seus problemas. Uma cidade pequena, uma cidade de interior, não pode deixar os problemas que acontecem nas cidades grandes, nas metrópoles tomar conta dela. Nós sabemos de toda problematização social, que as coisas são muito mais complexas do que nós imaginamos, mas se nós não fizermos nada, se nós não tivermos essa coragem, o problema pequeno pode se tornar muito maior, pode tomar conta de tudo e levar a morte, então meu desejo de fato, é este. Que a coragem habite os nossos corações e a disposição, para juntos, instituições, famílias, escolas e todas as pessoas de boa vontade possamos ser capazes de nos debruçarmos sobre os grandes problemas da cidade para buscar pistas de salvação, de libertação e de novos horizontes para Campina Verde”.

*** Padre Marcus Alexandre Mendes de Andrade, 30 anos, Pároco de Campina Verde.


Vereador Franco Nero
“O Legislativo de Campina Verde está intimamente vinculado às realizações do Executivo Municipal. Inúmeros projetos do Executivo enviados ao Legislativo foram aprovados visando à melhoria do serviço público municipal, como o Parcelamento de Débitos Municipais, dentre outros projetos importantíssimos. Os nobres Edis desta casa não medem esforços para que isso aconteça. São várias conquistas em todas as áreas do serviço público, ressaltando as conquistas na saúde, educação, cultura, esporte, agricultura, lazer e infra-estrutura. Podemos dizer que a saúde deu um salto de qualidade nos atendimentos e atenção àqueles que necessitam do serviço público. Além disso, a infra-estrutura está também recebendo uma atenção especial com saneamento, criação de novos loteamentos com casas acessíveis para a população mais carente, pontes, asfaltamento sem ônus de bairros como o Redenção, a Rua Juca Teixeira, Rua Guilherme Manata  e Setor Industrial.  Enfim, pode-se dizer que a parceria entre o Legislativo e Executivo municipais é uma parceria de sucesso onde se prioriza benefícios sociais e atendimento ao bem-estar comum”.

*** Franco Nero - Presidente da Câmara Municipal de Campina Verde.


Diogo Assunção Almeida
“Campina Verde é uma cidade que tem uma boa estrutura para a prática do esporte, porém, poderiam investir mais em jovens, no futebol bem como em outros esportes. Acredito que, poderia ter atividades desportivas à disposição, pelo menos umas cinco vezes por semana, no mínimo, isso poderia tirar garotos das ruas e levá-los para a prática do esporte. Não seriam treinamentos somente voltados para a parte física, mas sim, também a parte psicológica, ou seja, através de palestras para que no futuro não tenhamos apenas atletas e sim homens de bem que possam ajudar essa cidade, que tanto gosto, crescer mais e mais. Um bom final de ano a todos e que Deus nos abençoe sempre.   
*** Diogo Assunção Almeida – desportista

 Brunna e Gustavo
“"Nós da dupla, “Brunna e Gustavo” achamos que o melhor presente para a população no aniversário da cidade seria um maior incentivo à educação e cultura, considerando como a chave para o crescimento e desenvolvimento da população. Investir em eventos para integrar os jovens seria uma boa escolha para a valorização do movimento cultural da cidade. Projetos sociais que envolvam música, dança, teatro e esportes, é a opção mais viável para um governante que pensa no futuro da juventude de nossa cidade e do nosso país”.
*** Brunna Miranda Alves e Luís Gustavo Azambuja – Dupla Brunna e Gustavo

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