domingo, 27 de julho de 2014

Candidato ao Governo de Minas, Pimenta da Veiga falou sobre a crise sucroalcooleira e desemprego na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba 

O candidato ao Governo do Estado pela Coligação Todos por Minas, Pimenta da Veiga (PSDB), denunciou, na noite de quarta-feira (23/07), em Frutal, a grave situação do setor sucroalcooleiro, que afeta diretamente milhares de famílias que dependem da produção do álcool em Minas Gerais, principalmente nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Durante encontro com lideranças políticas e produtores do setor, ele atribuiu o fechamento de usinas e consequente desemprego nas regiões à má administração da Petrobras, que atingiu negativamente o setor energético em todo o país.
“Ao destruírem a Petrobras, atingiram um setor pelo qual tenho uma grande admiração, pelos empregos que geram, pela garantia do meio ambiente, pelos impostos que pagam: o setor sucroalcooleiro, que é tão importante para o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Quantos empregos, quantas famílias dependem da produção do álcool, que foi fortemente atingido pelo que fizeram com a Petrobras”, disse Pimenta da Veiga. “Assusta-me o que pode acontecer: já se fala em 20%, 25% até 30% do aumento do preço da energia. O país não precisa continuar nessa direção”, alertou.
Minas Gerais é o segundo maior produtor de açúcar do país e o terceiro na produção de cana de açúcar e etanol. No período de 2003 a 2009, graças às articulações e estímulos do Governo do Estado, 23 novas usinas se instalaram em Minas Gerais. Só as regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba chegaram a abrigar 26 usinas. A falta de incentivo ao uso do etanol, no entanto, tem revertido esse quadro. Nos últimos cinco anos, em todo o Estado, oito usinas foram fechadas. E, desse total, quatro estão no Triângulo e Alto Paranaíba.
A região abriga atualmente 22 usinas que empregam cerca de 65 mil trabalhadores. Segundo a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, nos últimos cinco anos, foram mais de 8 mil demissões, o que representa também a perda da moagem de 8 milhões de toneladas de cana e cerca de 600 milhões de litros de etanol. Segundo Pimenta, esse cenário reforça a importância da eleição de Aécio Neves como presidente da República, com quem pretende, caso eleito governador, somar esforços para reverter a situação de desemprego no setor.
“O apoio aos produtores requer atuação eficaz dos governantes. Com toda certeza, Pimenta da Veiga, futuro governador de Minas, será o grande líder destes novos avanços. O Triângulo Mineiro se transformará, cada vez, não só num celeiro da agropecuária nacional e internacional, porque já o é, mas, também, em um polo da indústria e da inovação, impulsionando a economia local e, por consequência, de todo o estado”, afirmou o candidato a senador, Antônio Anastasia, que acompanhou Pimenta da Veiga no encontro com lideranças em Frutal.
Petrobras
A política de preços adotada pela Petrobras nos últimos anos desestimulou o consumo de etanol para o abastecimento de veículos. Além disso, a maior empresa brasileira, administrada pelo governo federal, é alvo de pedidos de instalação de comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Congresso Nacional, devido à suspeita de compra superfaturada de uma refinaria nos Estados Unidos e de pagamento de propina a funcionários da empresa por uma multinacional holandesa. Os obstáculos da empresa envolvem também os preços dos combustíveis praticados no Brasil, seu alto grau de endividamento e investigações sobre suposto recebimento de propina por funcionários em negócios com a empresa holandesa SBM Offshore.

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